domingo, 31 de março de 2013

Estrada dos Mosqueirões, é uma vergonha

O outro post já mereceu comentários a propósito e aqui deixo mais uma imagem que é reveladora da atitude complacente da Câmara (e da Junta de Freguesia de Azinheira de Barros) com as grandes intervenções, sem acautelar os interesses dos munícipes que todos os dias usam as vias para a sua vida. A obra do chamado IP8 parou há meses, não se sabe quando recomeça, e a estrada que liga Grândola a Azinheira de Barros pelos Mosqueirões e Viso, está desde o começo da obra, há anos, em estado deplorável. É uma vergonha, como diz o cartaz que já sofreu as agruras do Inverno, mas também é verdade que a Câmara (pelo menos segundo informação na anterior reunião de Março) ainda não avançou para tribunal (como é referido no cartaz colocado no final do ano passado) nem alcançou qualquer acordo com as Estradas de Portugal ou o empreiteiro. Se avançar com a realização de obras que não são da sua responsabilidade directa está a retirar dinheiro para outras intervenções também necessárias e que não vai poder realizar.


Os dias grandes

A partir de hoje começam oficialmente os dias grandes, apesar desta Páscoa cheia de água e um março muito chuvoso.

sábado, 30 de março de 2013

Grândola: desenhar nos buracos

Não discuto a solução técnica encontrada para este cruzamento, e face à escassez de meios será uma boa resposta por parte dos funcionários. Vamos esperar pela conclusão e que a intervenção se estenda também à melhoria do piso da rua que, como em muitos locais da vila de Grândola e do concelho, estão num estado deplorável. O Inverno chuvoso não ajudou ou evidenciou a falta de manutenção desenvolvida pela Câmara nos últimos anos. 


sexta-feira, 29 de março de 2013

António Machado em sexta-feira

Há sexta-feira que marcam, não esta que está chuvosa e triste, mas a de há oito dias que sem ser chuvosa foi ainda mais triste. Em velório utiliza o pároco uma referência a António Machado, poeta andaluz, que também já vi mal citado por muitos políticos, pelo que aqui deixo o poema:


Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
Caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar,
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

Coreia do Norte versus USA

Faz algum sentido o povo norte coreano ser sujeito a semelhante loucura dos seus dirigentes na tentativa de manter um regime que não tem qualquer justificação?

quinta-feira, 28 de março de 2013

O problema é o que nos atormenta por dentro

O discurso oficial do governo anda muito próximo do que José Saramago escreveu em O Evangelho segundo Jesus Cristo, quando nos querem convencer que a responsabilidade da crise nossa que andámos a viver acima das possibilidades e agora temos de pagar: "Está visto que as pessoas não andam todas por aí a pedir milagres, cada um de nós, com o tempo, habitua-se às suas pequenas ou medianas mazelas e com elas vai vivendo sem que alguma vez lhe passe pela cabeça importunar os altos poderes, mas os pecados são outra coisa, os pecados atormentam por baixo do que se vê, não são perna coxa nem braço tolhido, não são lepra de fora, mas são lepra de dentro".

Sócrates volta seguro

Da entrevista de José Sócrates a única conclusão que se pode tirar é que está igual e como Costa não conseguiu é necessário outro homem do aparelho para correr com o cinzentão do Seguro. O resto é espectáculo.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Páscoa na creche em Grândola

Há muitas maneiras de celebrar a Páscoa, os alunos da Creche e Jardim de Infância de Grândola encontraram uma forma original, fizeram folares para partilhar com a família.

O que nós pagamos a Borges

Quem é amigo quem é? O Passos claro. António Borges leva-nos 25 mil euros por mês livres de impostos, mais despesas, para dizer umas quantas asneiras nos órgãos de comunicação e assessorar privatizações que deram para o torto. Os custos públicos do processo da TAP que saiu gorado terão sido descontados na prestação do economistas da Goldman Sachs

terça-feira, 26 de março de 2013

O Euro e Chipre

A "solução" encontrada para o problema da banca cipriota é só mais um passo na tentativa da Alemanha finalmente dominar a Europa. Para leigos na matéria económica, como eu, apesar de interessado no tema, sugiro uma vista ao Ladrões de Bicicletas que de forma inteligível explicam a questão económica e europeia. Boas leituras.

Em defesa de Relvas

Quando ouço as vozes do CDS-PP, entre outros Bagão Félix, exigir uma remodelação governamental, no sentido de mudar para ficar tudo na mesma das políticas que estão a afundar o País (o que nos vale é que temos os submarinos do Portas), fico na tentação de gostar do Miguel Relvas. Antes que vamos completamente ao fundo é necessário correr com esta gente toda.

segunda-feira, 25 de março de 2013

domingo, 24 de março de 2013

Domingo


A verdadeira face do PS

Logo, logo ficaremos a saber o que pretende o PS com a moção de censura ao Governo. De qualquer das formas percebem-se os seus objectivos, basicamente colocar vaselina para não aleijar muito, o problema, como diz um amigo, é que ela leva areia.

sábado, 23 de março de 2013

Amado Gaspar

Para os incautos eleitores, as palavras de Luís Amado, militante e ex-ministro socialista, são só mais uma evidência de que a política actual não seria muito diferente se o governo tivesse uma maioria socialista.

Venha de lá o Sócrates, assim como assim

José Sócrates não é nem melhor nem pior que os outros comentadores das televisões. Tem aliás uma característica comum com todos eles: são responsáveis directos pelas políticas que levaram o país para o estado em que está. O panorama português ao nível de comentadores é lamentável, resumindo a um conjunto de pessoas do PSD e do PS, alguns do CDS, e nada mais, pelo que Sócrates enquadra-se perfeitamente. A televisão pública deveria dar o exemplo e permitir a pluralidade de opinião, coisa que nunca praticou, e para isso basta ver os sucessivos entrevistados de Vítor Gonçalves, são da esmagadora maioria da troika.

Israel-Portugal

A selecção A de Portugal é fraca, como o prova o resultado e particularmente o jogo que fez contra Israel. Jogadores medianos, tirando um ou dois, só poderia dar nisto. E nem mesmo o habitual play-off está garantido porque há seis equipas em segundo lugar com mais pontos que nós, uma delas com mais cinco pontos. Tudo isto num grupo mais que acessível. Talvez que o jogo com o Azerbeijão corra melhor porque o Cristiano Ronaldo está suspenso por acumulação de cartões.

João Honrado

São estas as notícias que não queremos ler.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A moção de censura de Seguro

É de uma forma insegura que o Tó Zé (como é tratado para as bandas do distrito de Castelo Branco) quer fazer oposição a este governo. Fica-se a aguardar pelas propostas políticas diferentes para o futuro do país. Até me ria se não fosse triste.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Mouraria

Estava assim no início da obra
Já está assim
E ficará muito melhor no final da obra. Os moradores estão mesmo a movimentar-se para encher as ruas de flores. Boa inicitiava de conjugação com a obra de reabilitação promovida pela Câmara do bairro histórico da cidade.


terça-feira, 19 de março de 2013

Para que não digam ...

... que não há alternativa às políticas do Passos, Portas e Seguro fica aqui o artigo de opinião de Margarida Botelho.

Dias tristemente chuvosos


Castelo de Moura



Vitor Gaspar diz e garante ...

... mas o que é que o ministro das Finanças pode garantir ao povo português? E vem agora criticar o memorando, com que legitimidade?

domingo, 17 de março de 2013

Toyo Ito recebe o Pritzker

Sempre é mais novo que o Papa Francisco.

Sinais de vida


Locais há onde não existe conforto. Detesto mesmo ir, sem qualquer desrespeito pelos profissionais, a repartições de finanças e a estabelecimentos de saúde. Sempre fui atendido com qualidade e respeito e considero que são bons exemplos do funcionamento dos serviços públicos em Portugal, ao contrário do que diz o governo na actualidade. Nas finanças vamos lá quase sempre, a maioria esmagadora das vezes (ainda me devem dinheiro do IRS do ano passado), para perder dinheiro e nos segundos porque já perdemos saúde. Apesar de tudo, sinto-me bem a caminho do cemitério.


sábado, 16 de março de 2013

Será que não ouviu a conferência de imprensa de Gaspar

Kenneth Rogoff não ouviu, com toda a certeza, a conferência de imprensa de Vítor Gaspar que previu (seja isto o que for na boca do homem) o crescimento em Portugal no quarto trimestre deste ano.

Paisagens


Moura, quartéis

As linhas da recuperação do património enquanto objectivo de construção do futuro.


O Papa Francisco

As primeiras declarações do Papa Francisco vem demonstrar, se é que era preciso, que a missão da igreja católica não é acabar com os pobres mas alimentar-se da pobreza.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O corte de cabelo de Gaspar

Quando começou a sua actividade de ministros, muitas vozes, hoje caladas, se levantaram a dizer que tínhamos um ministro inteligente, moderno e, pasme-se, com um corte de cabelo decente. Actualmente, percebe-se que é um equivoco e com tantos enganos e erros de previsões em qualquer empresa privada, de que tanto gosta Vítor Gaspar, já tinha sido demitido por indecenete e má figura. Percebe-se agora que quando diagnosticou a teoria do oásis quando o país se afundava não era um mero acaso.

terça-feira, 12 de março de 2013

Frios mas belos

Estão frios, chuvosos mas cada vez bonitos os fins de tarde. E maiores. Aproximam-se as tardes longas de primavera.
 

PS propõe alianças para as autárquicas

Ouvi na Antena Um que haverá uma carta socialista a propor alianças à esquerda para certos municípios. A leitura que se deve ter desta iniciativa (que os partidos da esquerda deviam mandar às urtigas) é a seguinte: António Costa corre o risco de não ganhar Lisboa. O resto é conversa.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Martin Schulz, nada como falar claro ...

... sobre as verdadeiras opções dos chamados programas de ajustamento, tal como aqui é claramente colocado pelo Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.

domingo, 10 de março de 2013

Domingo


Niemeyer, palavra de arquitecto

Auto definição

Na folha branca de papel faço o meu risco,
rectas e curvas entrelaçadas,
e prossigo atento e tudo arrisco
na procura das formas desejadas.

São templos e palácios soltos no ar,
pássaros alados, o que você quiser.
Mas se os olhar um pouco devagar
encontrará, em todos, os encantos da mulher.

Deixo de lado o sonho que sonhava.
A miséria do mundo me revolta.
Quero pouco, muito pouco ou quase nada.

A arquitectura que faço não importa.
O que eu quero é a pobreza superada,
a vida mais feliz, a pátria mais amada.

Óscar Niemeyer

quinta-feira, 7 de março de 2013

Porque amanhã se comemora a luta das mulheres ...

... pelo direito à igualdade, ainda não alcançada, mesmo na Europa que nos acolhe.

Calçada de Carriche


Luísa sobe, 
sobe a calçada, 
sobe e não pode 
que vai cansada. 
Sobe, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe 
sobe a calçada. 

Saiu de casa 
de madrugada; 
regressa a casa 
é já noite fechada. 
Na mão grosseira, 
de pele queimada, 
leva a lancheira 
desengonçada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Luísa é nova, 
desenxovalhada, 
tem perna gorda, 
bem torneada. 
Ferve-lhe o sangue 
de afogueada; 
saltam-lhe os peitos 
na caminhada. 
Anda, Luísa. 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Passam magalas, 
rapaziada, 
palpam-lhe as coxas, 
não dá por nada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Chegou a casa 
não disse nada. 
Pegou na filha, 
deu-lhe a mamada; 
bebeu da sopa 
numa golada; 
lavou a loiça, 
varreu a escada; 
deu jeito à casa 
desarranjada; 
coseu a roupa 
já remendada; 
despiu-se à pressa, 
desinteressada; 
caiu na cama 
de uma assentada; 
chegou o homem, 
viu-a deitada; 
serviu-se dela, 
não deu por nada. 
Anda, Luísa. 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Na manhã débil, 
sem alvorada, 
salta da cama, 
desembestada; 
puxa da filha, 
dá-lhe a mamada; 
veste-se à pressa, 
desengonçada; 
anda, ciranda, 
desaustinada; 
range o soalho 
a cada passada; 
salta para a rua, 
corre açodada, 
galga o passeio, 
desce a calçada, 
desce a calçada, 
chega à oficina 
à hora marcada, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga; 
toca a sineta 
na hora aprazada, 
corre à cantina, 
volta à toada, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga. 
Regressa a casa 
é já noite fechada. 
Luísa arqueja 
pela calçada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

António Gedeão, in 'Teatro do Mundo'

O vermelho dos jornais

Há um certo exagero nas opções editoriais e de paginação do dia de hoje nos jornais portugueses ao tingirem de vermelho, devido à morte de Hugo Chávez, as suas primeiras páginas on-line, como é o caso aqui.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Hugo Chávez

Hugo Chávez, pelo seu percurso pessoal e político, não merecia que a sua morte fosse rodeada de tanta hipocrisia e houvesse tantos políticos a tratarem-no como amigo.

terça-feira, 5 de março de 2013

O desemprego em Espanha

São mapas como este sobre o desemprego em Espanha por região que deveria preocupar os dirigentes europeus que fazem programas de reajustamento para salvar bancos.

Renegociação da dívida?

O PCP desde o princípio que fala na necessidade de renegociação da dívida, sempre negada como solução por Gaspar e Passos. A hipótese que agora se coloca é exactamente uma renegociação e a confirmação do falhanço da política governamental e do programa de reajustamento. Eles vão-lhe chamar outra coisa qualquer.

segunda-feira, 4 de março de 2013

OMF de Ronsard


O.M.F.

 

Eu te saúdo, ó fenda vermelhinha

que luzes entre os flancos vivamente;

eu te saúdo, ó poço tão contente

que à minha vida trazes tanta dita.

 

Por tua causa em mim não mais se agita

o arqueiro, nem seu voo me atormente;

tive-te quatro noites tão somente

e a força dele em mimm se debilita.

 

Ó buraco mimoso, ó buraquinho,

furo travesso em buço encrespadinho

que os mais rebeldes domas aos magotes,

 

os galantes deviam, para honrar-te,

bem de joelhos vir para adorar-te

a empunhar bem acesos os archotes.

 

Pierre de Ronsard in Alguns Amores de Ronsard, Vasco Graça Moura

Walesa «arruma» os homosexuais

São palavras «dignas» de um democrata e de um prémio Nobel da Paz?

domingo, 3 de março de 2013

Frases de hoje

"(...) Depois de ter estado na Índia alguns meses seguidos, quando desembarquei num aeroporto europeu senti-me profundamente insultado, com vontade de pegar numa arma automática e destruir as montras e os expositores. Não é um insulto à miséria, não, é um insulto à inteligência, é uma exibição ostensiva da estupidez do capitalismo.

"(...) o outro lado é o da adesão àquela frase do Gandhi que diz que 'não há nenhuma causa pela qual esteja disposto a matar, embora haja causas pelas quais estou disposto a morrer'. Se as pessoas conseguem abafar a sua fúria é certamente por causa do medo. O terror é-lhes imposto e deixa-as incapazes de reagir. mas isto indigna-me porque houve quem tivesse reagido em condições muito piores. Sinto uma fúria enorme contra esta gente que nos governa e nos governou, considero-os piores do que os salazaristas. As pessoas vivem no engano o tempo todo: porque têm direito a voto e os jornais podem criticar o poder político julgam que isso lhes dá algum poder soberano. o único poder que têm é o de irem colocar um voto na urna de quatro em quatro anos para fazerem uma escolha num horizonte completamente limitado. A maneira suave com que age esta forma de ditadura é repugnante. É preferível a clareza da repressão a esta maneira de nos tirarem a alma, a honra, de fazerem de nós uns farrapos".

Paulo Varela Gomes, no Y em entrevista a António Guerreiro a propósito do lançamento do seu livro O Verão de 2012

sábado, 2 de março de 2013

Vida Tão Estranha

As manifestações anti-troika

Olhando para as televisões, neste protesto, embora solidário com os objectivos, fiquei em casa, fico com a sensação de que a participação estará longe do propósito dos organizadores e da dimensão das dificuldades que os portugueses vivem pela política do governo PSD/CDS. Justificava-se mais gente nas ruas, não tenho dúvidas, mas as privações levam também à desmobilização. O governo e a tróika não devem ter ficado preocupados. 

A CDU em Moura está no terreno

A candidatura da CDU em Moura, protagonizada pela camarada e amigo Santiago Macias, está no terreno e na onda tecnológica. A memória e a modernidade são a base da construção do futuro. 

sexta-feira, 1 de março de 2013